Parashat Balak
(Números 22:2-25:9)
Nesta semana, lemos a extraordinária história do malvado profeta Bilam, que foi até o deserto para amaldiçoar o povo judeu. Em três diferentes ocasiões, um anjo tenta bloquear seu caminho, mas é ignorado. A mula de Bilam, então, recebe milagrosamente o poder da fala alertando-o a reverter seu curso, e D´us vai além, mostra o anjo, que o adverte diretamente. Mesmo com todas as revelações, e advertências, Bilam seguiu adiante.
Bilam era um assassino que pregava imoralidade e maldade. De acordo com o Talmud, além de merecer punição neste mundo, receberia também no mundo vindouro, no entanto, D´us concedeu-lhe várias chances de se redimir.
Vemos neste episódio quanta paciência e compaixão D´us teve com Bilam; primeiro com dicas, e então com uma progressão constante de sinais cada vez mais óbvios de que não valia a pena seguir seu caminho.
Uma incrível lição podemos aplicar em nossos relacionamentos: advertimos, aconselhamos e frequentemente parece que as palavras não são ouvidas, porém, temos que ter paciência, assim como D´us persistiu e insistiu com o perverso Bilam, devemos, no mínimo, fazer o mesmo. Se na primeira tentativa não deu certo, temos o dever de buscar outras formas, tal como fez D´us.
D´us seguramente sabia que Bilam não iria escutá-lo, contudo nos deu a lição de como devemos fazer a nossa parte.
Para refletir: será que estamos sendo pacientes e tentando o suficiente?